Putranjivaceae

Drypetes sessiliflora Allemão

Como citar:

Marta Moraes; undefined. 2020. Drypetes sessiliflora (Putranjivaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

134.093,822 Km2

AOO:

112,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência no(s) estado(s) do BAHIA, no(s) município(s) de Almadina (Paixão 355), Arataca (Amorim 6582), Ibirapitanga (Victor Jr. 151), Ilhéus (Santos 3862), Jussari (Amorim 2679), Mascote (Gomes 1549), Porto Seguro (Folli 759), Santa Cruz de Cabralia (Mori 11880), Una (Mariano Neto 1242), Uruçuca (Thomas 7486); ESPÍRITO SANTO, no(s) município(s) de Conceição da Barra (Ribeiro 772); RIO DE JANEIRO, no(s) município(s) de Cachoeiras de Macacu (Kurtz s.n.), Casimiro de Abreu (Cruz s.n.), Guapimirim (Sonkin 291), Macaé (Scarponi s.n.), Nova Iguaçu (Brade 18605) e Rio de Janeiro (Glaziou 8326). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie não ocorre no(s) estado(s) de Espírito Santo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Marta Moraes
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

Árvores de até 33 m de altura, endêmica do Brasil, ocorrendo nos domínios da Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Apresenta distribuição ampla com EOO= 113543 km², AOO= 96 km², com registros de coleta em 17 municípios, está presente em Unidades de Conservação de proteção integral. Bem representada em herbários, com registros de coleta recentes (2015), Drypetes sessiliflora foi considerada neste momento como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e tamanho populacional) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2015
Quantidade de locations: 15
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Minerva Brasiliense 2(24): 738. 1844 (Tropicos.org, 2019).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Usada de forma geral para construção interna (Tropical Plants Database, 2019).

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvores de 32,7 m de altura (Sambuichi 161), ocorrendo nos domínios da Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2019. Putranjivaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB13806>. Acesso em: 13 Dez. 2019

Ameaças (6):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present national very high
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta (Simões e Lino, 2003).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.2 Commercial & industrial areas habitat past,present national very high
A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.2 Wood & pulp plantations habitat past,present national high
As florestas plantadas de eucalipto estão distribuídas estrategicamente, em sua maioria, nos estados de Minas Gerais, com maior área plantada, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul (Baesso et al., 2010).
Referências:
  1. Baesso, R.C.E., Ribeiro, A., Silva, M.P., 2010. Impacto das mudanças climáticas na produtividade do eucalipto na região norte do Espírito Santo e sul da Bahia. Ciência Florest. 20, 335–344.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present national very high
Em 2006, no Bioma Mata Atlântica se encontravam perto de 90 mil estabelecimentos (29% do total de estabelecimentos produtores de bovinos de corte do Brasil), cerca de 17 milhões de hectares de pastagens (16% do total de pastagens destinadas à pecuária de corte do país) (IBGE, 2009).
Referências:
  1. IBGE, 2009. Censo Agropecuário 2006. IBGE - Inst. Bras. Geogr. e Estatística 777. https://doi.org/0103-6157
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Indirect ecosystem effects 5.1 Hunting & collecting terrestrial animals habitat present,future regional medium
Na Estação Biológica de Santa Lucia (ES), os autores Mendes e Padovan (2000) afirmam que mesmo em pequena escala ainda existe caças clandestinas, gerando risco de incêndio. Caçadores e passarinheiros estão permanentemente em atividade na área da Estação Ecológica Estadual Paraíso (RJ), estimulados pela ausência de uma fiscalização eficiente, sendo comum grandes acampamentos e/ou restos de armadilhas usadas na caça (principalmente o toco ou trabuco). Esta degradação de mamíferos e aves tem, obviamente, reflexos danosos importantes na vegetação, uma vez que nas florestas tropicais um grande percentual de espécies tem nestes animais seus vetores de dispersão (Kurtz e Araújo, 2000).
Referências:
  1. Mendes, S.L., Padovan, P., 2000. A Estação Biológica de Santa Lúcia , Santa Teresa, Espírito Santo. Bol. Mus. Biol. MELLO LEITÃO 11/12, 7–34. https://doi.org/10.1016/j.jaridenv.2012.09.013
  2. Kurtz, B.C., Araújo, D.S.D. de. 2000. Composição florística e estrutura do componente arbóreo de um trecho de Mata Atlântica na Estação Ecológica do Paraíso, Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 51(78/115): 69-112

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na APA da Bacia do Rio São João - Mico Leão (US) (Cruz s.n.), APA do Pratigi (US) (Victor Jr. 810), Estação Biológica de Santa Lúcia (PI) (Thomaz 1725), Estação Ecológica Estadual de Paraíso (PI) (Sonkin 291), Parque Nacional da Tijuca (PI) (Duarte 4991), Reserva Biológica do Córrego Grande (PI) (Ribeiro 772), RPPN Caminho das Pedras (US) (Amorim 6582), RPPN Estação Veracel (US) (Carvalho s.n.), RPPN Salto Apepique (US) (Paixão 482), RPPN Serra do Teimoso (US) (Amorim 2679).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). A espécie será beneficiada por ações de conservação que estão sendo implantadas no PAN Rio, mesmo não sendo endêmica e não contemplada diretamente por ações de conservação.
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente -SEA : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5 Law & policy needed
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Espírito Santo - 33 (ES), Território Itororó – 35 (BA) e Território São João Del Rei - 29 (MG).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
9. Construction/structural materials natural stalk
The wood is medium-textured, straight to irregular-grained, moderately heavy, hard to cut, with moderate mechanical properties and slightly susceptible to wood-eating organisms. It is used for general internal construction (Tropical Plants Database, 2019).
Referências:
  1. Tropicos.org, 2019. Missouri Botanical Garden. <http://www.tropicos.org/Name/50170778>. Acesso em: 13 Dec 2019